De iate no Mediterrâneo a jatinho no Japão: quanto custam as experiências oferecidas pela 'nata' do turismo
Clubes internacionais exclusivos, formados apenas por empresas, reúnem membros que oferecem pacotes de luxo que passam de R$ 1 milhão por semana. Confira. Iate STARBURST III
Reprodução/neoyachting
Já imaginou alugar um iate para passar as férias com a família no Mediterrâneo por R$ 1,5 milhão por semana? Essa é uma das experiências oferecidas por empresas que integram os clubes considerados a elite do turismo de luxo mundial: o Serandipians e o Takumians.
Essas comunidades exclusivas são formadas por empresas do setor — nada de viajantes individuais. E a entrada só é possível por indicação (veja mais abaixo).
Entre os integrantes, estão agências de viagem e empresas especializadas em experiências e hospedagens. De hotéis-boutique e resorts de luxo a iates de filme, vilas privativas, jatinhos, trens-hotel e cruzeiros exclusivos.
As agências de turismo não pagam para permanecer no clube, mas precisam manter um nível mínimo de engajamento, como realizar eventos periódicos. Já hotéis e empresas de hospitalidade devem pagar uma taxa anual, cujo valor pode variar, segundo a organização.
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Os icônicos hotéis Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e Rosewood, em São Paulo, estão entre os representantes brasileiros. Veja algumas das experiências oferecidas pelos membros dessas redes:
🛥️ Iate de cinema na Grécia e na Turquia
Iate STARBURST III
Reprodução/neoyachting
Com duas jacuzzis, cinco cabines, espaço para 10 pessoas e até pista de corrida, o iate maltês STARBURST III está disponível para aluguel no verão europeu por cerca de €260 mil por semana (mais de R$ 1,5 milhão em 5 de maio). É um dos destaques da empresa Neo Yachting, membro da rede.
✈️ Voo privativo no Japão
Jatinho da Pioneer Ace Airlines
Reprodução/Traveller Made
A Pioneer Ace Airlines, operadora aérea japonesa, também faz parte do clube. Um voo de cerca de uma hora, com capacidade para quatro passageiros, entre Kansai e Yamagata, custa aproximadamente 1.644.500 ienes (cerca de R$ 65 mil, em 5 de maio), segundo o site oficial da empresa.
🚆 Trem dos sonhos: Paris a Istambul
Trem Venice Simplon-Orient-Express
Reprodução/Traveller Made
O icônico Venice Simplon-Orient-Express, da empresa Belmond, é um trem que parece saído de um filme antigo. É possível embarcar em uma das suas cabines de luxo para uma viagem de 5 noites de Paris (França) até Istambul (Turquia), a partir de £17.500 por pessoa (cerca de R$ 115 mil, em 5 de maio).
🌊 Cruzeiro no Ártico
Navio World Explorer
Reprodução/Instagram
O World Explorer é um navio que leva viajantes para expedições nos polos da Terra — como um “safári de pinguins” de 18 dias no Ártico.
Para curtir a viagem em uma suíte de luxo, um viajante solo pode ter que desembolsar até US$ 60 mil (quase R$ 350 mil, em 5 de maio de 2025). As rotas são organizadas pela Quark Expeditions.
De onde vêm esses clubes (e esses nomes diferentões)?
O Serandipians e o Takumians nasceram da rede francesa Traveller Made, criada em 2013 com a união de 47 agências europeias de viagens de luxo.
Em 2023, nos 10 anos da marca, ela foi rebatizada como Serandipians — termo inspirado em “serendipidade” — descobertas felizes e inesperadas.
Já o Takumians foi criado em 2024 para acolher novos membros. Como o Serandipians tem um limite de 600 agências, surgiu essa “irmã mais nova” da rede com os mesmos valores. O nome vem de “Takumi”, termo japonês que remete à excelência artesanal e à atenção absoluta aos detalhes.
Hoje, as duas redes somam mais de 650 agências em 71 países — além de centenas de parceiros de peso no setor.
O Brasil participa com 44 agências (30 Serandipians e 14 Takumians) e 12 hotéis de luxo.
Quer entrar no clube? Só com convite!
A entrada nas redes só é possível por indicação. Dois comitês internos identificam potenciais candidatos, que, se aprovados em uma primeira triagem, recebem um convite formal com um formulário de inscrição. Nele, é preciso detalhar operação, estrutura e estratégias de crescimento.
Mas o processo não para aí. Depois disso, a candidatura passa por checagem de referências internas, avaliação da reputação e verificação do alinhamento com os valores da marca. Só então, se tudo estiver de acordo, a agência ou empresa é aceita.
Mesmo após a aprovação, a permanência não é garantida. Segundo os organizadores, os membros podem ser desligados caso deixem de refletir os valores da rede.
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Embora a tendência dos cafés cronometrados esteja ganhando força na Espanha, o conceito não é exatamente novo. Em Moscou, o café Ziferblat adota esse modelo há 12 anos. No local, os clientes não pagam pelas bebidas ou pelo uso do espaço, mas sim pelo tempo que passam ali dentro: 3,5 rublos por minuto (aproximadamente R$ 0,25).
Guia Michelin 2025: veja os quatro novos restaurantes premiados no Brasil
Do balcão japonês à fusão franco-brasileira, casas no Rio e em São Paulo conquistam reconhecimento internacional. Pratos dos restaurantes Oseille, Ryo Gastronomia e KANOE
Divulgação/Guia Michelin
O Guia Michelin anunciou os quatro novos restaurantes brasileiros que passam a integrar sua prestigiada seleção em 2025. Dois estão no Rio de Janeiro e dois em São Paulo — cidades onde a premiação é aplicada no país.
O evento aconteceu nesta segunda-feira (12), no hotel Rosewood, na capital paulista.
A seleção é realizada por inspetores internacionais, especializados e anônimos, que avaliam os restaurantes com base em critérios como qualidade dos ingredientes, harmonia dos sabores, domínio técnico e personalidade da cozinha.
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Conheça os novos restantes premiados.
Casa 201 – Rio de Janeiro
Casa 201
Divulgação/Guia Michelin
Localizada próxima ao Jardim Botânico, a Casa 201 ocupa um espaço inicialmente projetado para ser uma galeria de arte. O ambiente acolhedor dá nome à casa, comandada pelo chef João Paulo Frankenfeld.
Formado na França e com passagem pelo renomado Le Cordon Bleu, Frankenfeld oferece um menu degustação sazonal que une ingredientes brasileiros a técnicas da culinária francesa.
KANOE – São Paulo
Restaurante KANOE
Divulgação/Guia Michelin
Com apenas nove lugares no balcão, o Kanoe oferece uma experiência intimista e sofisticada no bairro dos Jardins. O restaurante japonês tem clima de clube gastronômico e é liderado pelo chef Tadashi Shiraishi.
KANOE
Divulgação/Guia Michelin
Oseille – Rio de Janeiro
Oseille
Divulgação/Guia Michelin
No coração de Ipanema, o Oseille tem 16 lugares dispostos em um balcão em formato de “U” integra com a cozinha, o que permite aos clientes acompanharem de perto o preparo dos pratos (veja na foto acima).
Comandado pelo chef Thomas Troisgros, o restaurante aposta em um menu degustação que valoriza produtos nacionais com influências da culinária francesa.
Oseille
Divulgação/Guia Michelin
Ryo Gastronomia – São Paulo
Ryo Gastronomia
Divulgação/Guia Michelin
Localizado no Itaim, o Ryo Gastronomia une estética minimalista e filosofia japonesa de conexão com a natureza. O chef Edson Yamashita é conhecido pela precisão nos cortes e pela apresentação dos pratos, segundo o Guia.
O que é o Guia Michelin?
O guia foi criado em 1900 pela empresa francesa de pneus Michelin como uma forma de incentivar as pessoas a pegarem a estrada.
Ele também foi planejado para ajudar motoristas com informações úteis para viagens, como locais para trocar pneus, abastecer o carro, se hospedar e, claro, onde comer.
As estrelas do Guia Michelin foram adotadas em 1926, inicialmente para destacar estabelecimentos com apenas uma estrela. A partir de 1931, ele ganhou o critério de zero a três estrelas.
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Reino Unido endurece regras de imigração e dificulta acesso a cidadania
O governo vai propor testes de inglês para todos os requerentes de visto e seus dependentes adultos, além de um caminho mais longo para a obtenção de status de residente permanente. Keir Starmer, premiê britânico
EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC
O primeiro-ministro do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira (12/5) planos para conter a imigração para o país — com uma promessa de fazer cair “significativamente” o número de imigrantes que chegam ao Reino Unido.
O governo vai propor testes de inglês para todos os requerentes de visto e seus dependentes adultos, além de um caminho mais longo para a obtenção de status de residente permanente.
Os detalhes da proposta de Keir Starmer serão publicados ainda nesta segunda-feira. Pela manhã, em Londres, o premiê fez um pronunciamento sobre a imigração no Reino Unido.
O governo britânico afirma que o país tem um problema de saldo de imigração ou migração líquida — que é o número de pessoas que chegam ao Reino Unido menos o número de pessoas que saem.
Starmer afirma que, de 2019 a 2023, o saldo de imigração quadruplicou, atingindo um recorde de quase um milhão no ano até 2023.
Ele afirma que isso é quase o tamanho da cidade de Birmingham, a segunda maior cidade do Reino Unido.
“Isso não é controle, é caos”, disse Starmer nesta segunda-feira.
As medidas apresentadas por ele são para reduzir a migração legal, que representa a maior parte da migração para o Reino Unido. A migração legal é feita com uma variedade de vistos.
O plano de Starmer não inclui a abordagem de travessias de pequenos barcos ou outras formas de imigração ilegal ao Reino Unido. Neste ano, até o momento, 11.516 pessoas cruzaram o Canal da Mancha para o Reino Unido de barco.
No total, no ano passado, pouco menos de 40 mil pessoas chegaram em pequenas embarcações; os números mais altos foram em 2022, quando 45.755 pessoas chegaram por esses meios.
O governo não estabeleceu uma meta de números, mas o primeiro-ministro prometeu que o saldo da migração cairá “significativamente”.
As mudanças que serão detalhas ainda nesta segunda-feira “finalmente retomarão o controle de nossas fronteiras”, disse o premiê.
Ele disse também que, sem controles de imigração, o Reino Unido corre o risco de se tornar uma “ilha de estranhos, não uma nação que caminha unida”.
Starmer disse que está tendo que “limpar a bagunça” depois que o saldo da imigração quadruplicou sob o governo conservador anterior.
O que se sabe das restrições de imigração do governo do Reino Unido?
Os requisitos para solicitar um visto de trabalhador qualificado voltarão a ser rigorosos, revertendo as mudanças feitas durante o governo de Boris Johnson.
Isso significa que os novos candidatos geralmente precisarão de uma qualificação de nível superior.
Requisitos de qualificação mais baixos permanecerão para setores que enfrentam escassez de longo prazo ou aqueles considerados essenciais para a estratégia industrial do governo.
Ao mesmo tempo, o governo afirma que deseja expandir a elegibilidade para o visto existente de “indivíduo de alto potencial”, dobrando o número de universidades nas quais os candidatos podem obter um diploma qualificado.
As vagas em um programa para estagiários de pesquisa também aumentarão, e os ministros afirmam que querem facilitar a vinda de “talentos científicos e de design de ponta” para o Reino Unido usando o visto de talento global.
Os imigrantes normalmente terão que residir no Reino Unido por 10 anos antes de poderem solicitar o direito de permanência indefinida – o dobro do período atual de cinco anos.
Haverá um caminho mais rápido para pessoas “altamente qualificadas e com alta contribuição” com determinados empregos — cujos detalhes serão definidos após consulta.
O período de cinco anos também será mantido para dependentes estrangeiros de cidadãos britânicos.
Reações
O líder do partido da direita radical Reform UK, Nigel Farage, acusou Keir Starmer de fazer promessas que “não conseguirá cumprir”. O combate à imigração é uma das principais bandeiras do Reform UK, partido que obteve vitórias expressivas em diversas eleições locais realizadas neste mês no Reino Unido.
Pouco antes de o primeiro-ministro fazer seu pronunciamento, Farage disse: “No dia da grande reação de Keir Starmer contra o Reform UK, 250 jovens já estavam cruzando o Canal da Mancha às 8h. Quantos são terroristas iranianos?”
A BBC não conseguiu verificar essa alegação feita por Farage. O anúncio de Starmer desta segunda-feira se concentrou em migração legal, e não sobre travessias de barcos.
Já a organização beneficente Care4Calais, que presta ajuda humanitária no norte da França e no Reino Unido, acusou o primeiro-ministro de “jogar lenha na fogueira como a extrema direita” ao usar a expressão “ilha de estranhos” no debate sobre imigração.
O CEO da Care4Calais, Steve Smith, disse: “Esta é uma linguagem perigosa para qualquer primeiro-ministro. Uma linguagem vergonhosa como esta só vai jogar mais lenha na fogueira como a extrema direita e corre o risco de novos protestos raciais que colocam em risco sobreviventes de horrores como guerra, tortura e escravidão moderna. Starmer precisa se desculpar.”
A líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, afirma que o Partido Trabalhista de Starmer não acredita em fronteiras seguras.
“Keir Starmer certa vez chamou todas as leis de imigração de racistas. Então, por que alguém acreditaria que ele realmente quer reduzir a imigração?”, disse Badenoch.
Isso parece ser uma referência a uma resenha de livro que Starmer escreveu quando era advogado no final da década de 1980, na qual afirmou que o autor havia destacado a “tendência racista que permeia todas as leis de imigração”.
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Conheça os clubes do turismo de luxo formados por hotéis 5 estrelas, jatinhos privados e iates milionários
Serandipians e Takumians são comunidades internacionais que só aceitam agências de viagem, hotéis e empresas de serviços do setor — nada de viajantes individuais. Trem Venice Simplon-Orient-Express; Iate STARBURST III e Jatinho da Pioneer Ace Airlines.
Reprodução/Traveller Made
Imagine clubes de turismo tão exclusivos que só é possível entrar por convite — e, mesmo assim, ainda é necessário passar por uma seleção rigorosa. É o caso do Serandipians e do Takumians, comunidades internacionais que dizem reunir os principais representantes do turismo de luxo do mundo.
Só empresas do setor podem se tornar membros dessas redes — nada de viajantes individuais ou curiosos.
Entre os integrantes, estão agências de viagem e empresas especializadas em experiências e hospedagens. De hotéis-boutique e resorts de luxo a iates de filme, vilas privativas, jatinhos, trens-hotel e cruzeiros exclusivos.
Os icônicos hotéis Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e Rosewood, em São Paulo, estão entre os representantes.
Agências de turismo não pagam para permanecer no clube, mas precisam manter um nível mínimo de engajamento, como realizar eventos periódicos. Já hotéis e empresas de hospitalidade devem pagar uma taxa anual, cujo valor pode variar, segundo a organização.
Mais do que uma rede de contatos, os clubes funcionam como selo de qualidade, explicam os responsáveis.
De onde vêm esses clubes (e esses nomes diferentões)?
O Serandipians e o Takumians nasceram da rede francesa Traveller Made, criada em 2013 com a união de 47 agências europeias de viagens de luxo.
Em 2023, nos 10 anos da marca, ela foi rebatizada como Serandipians — termo inspirado em “serendipidade” — descobertas felizes e inesperadas.
Já o Takumians surgiu em 2024 para acolher novos membros. Como o Serandipians tem um limite de 600 agências, surgiu essa “irmã mais nova” da rede com os mesmos valores. O nome vem de “Takumi”, termo japonês que remete à excelência artesanal e à atenção absoluta aos detalhes.
Hoje, as duas redes somam mais de 650 agências em 71 países — além de centenas de parceiros de peso no setor.
O Brasil participa com 44 agências (30 Serandipians e 14 Takumians) e 12 hotéis de luxo.
Quer entrar no clube? Só com convite!
O ingresso nas redes é feito por indicação. Dois comitês internos identificam potenciais candidatos, que, se aprovados em uma primeira triagem, recebem um convite formal com um formulário de inscrição. Nele, é preciso detalhar operação, estrutura e estratégias de crescimento.
Mas o processo não para aí. Depois disso, a candidatura passa por checagem de referências internas, avaliação da reputação e verificação do alinhamento com os valores da marca. Só então, se tudo estiver de acordo, a agência ou empresa é aceita.
Mesmo após a aprovação, a permanência não é garantida. Segundo os organizadores, os membros podem ser desligados caso deixem de refletir os valores da rede.
Membros exclusivos — e seus valores
Entre os integrantes do Serandipians e Takumians estão empresas que oferecem experiências e hospedagens voltadas ao público de alto poder aquisitivo. Conheça alguns exemplos:
🌊 Cruzeiro no Ártico
Navio World Explorer
Reprodução/Instagram
O World Explorer é um navio que leva viajantes para expedições nos polos da Terra — como um “safári de pinguins” de 18 dias no Ártico.
Para curtir a viagem em uma suíte de luxo, um viajante solo pode ter que desembolsar até US$ 60 mil (quase R$ 350 mil, em 5 de maio de 2025). As rotas são organizadas pela Quark Expeditions.
🚆 Trem dos sonhos: Paris a Istambul
Trem Venice Simplon-Orient-Express
Reprodução/Traveller Made
O icônico Venice Simplon-Orient-Express, da empresa Belmond, é um trem que parece saído de um filme antigo. É possível embarcar em uma das suas cabines de luxo para uma viagem de 5 noites de Paris (França) até Istambul (Turquia), por a partir de £17.500 por pessoa (cerca de R$ 115 mil, em 5 de maio).
🛥️ Iate de cinema na Grécia e na Turquia
Iate STARBURST III
Reprodução/neoyachting
O STARBURST III é outro membro de destaque do clube. Com duas jacuzzis, cinco cabines e espaço para 10 pessoas, o iate maltês está disponível para aluguel durante o verão europeu por cerca de €260 mil por semana (mais de R$ 1,5 milhão, em 5 de maio).
✈️ Voo privativo no Japão
Jatinho da Pioneer Ace Airlines
Reprodução/Traveller Made
A Pioneer Ace Airlines também faz parte do clube. Trata-se de uma operadora aérea japonesa que aluga jatinhos para viagens dentro do país.
Um voo de cerca de uma hora, com capacidade para quatro passageiros, entre a região de Kansai e Yamagata custa aproximadamente 1.644.500 ienes (cerca de R$ 65 mil, em 5 de maio), conforme o site oficial da empresa.
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Esse será o sétimo parque da companhia, mas o primeiro localizado no Oriente Médio. O parque temático da Disney em Abu Dhabi será o sétimo resort da companhia
Walt Disney Company and Miral
A Disney anunciou planos para abrir seu primeiro parque temático no Oriente Médio.
O resort será construído na ilha de Yas, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, por meio de uma parceria entre a Disney e a empresa local de lazer e entretenimento Miral.
A Disney já tem seis parques temáticos espalhados por América do Norte, Europa e Ásia. O mais recente deles foi aberto em 2016 em Xangai, na China.
A empresa Miral é responsável pelo desenvolvimento da ilha de Yas como um destino turístico e já opera os parques SeaWorld e Warner Bros. World, onde está sendo construído um parque temático do Harry Potter.
CEO da Disney disse que parque será ‘autenticamente Disney e distintamente emiradense’
Walt Disney Company and Miral
No comunicado sobre o novo empreendimento, a Disney afirmou que os Emirados Árabes estão localizados a apenas quatro horas de voo de um terço da população mundial, fazendo do local um “importante portal para o turismo”.
E adicionou que 120 milhões de pessoas passam por Abu Dhabi e Dubai todo ano, fazendo dos Emirados o maior hub de viagens aéreas do mundo.
A ilha de Yas, com 25 quilômetros quadrados, fica a 20 minutos do centro de Abu Dhabi e a 50 minutos de Dubai.
O CEO da Disney, Robert Iger, descreveu os planos para a construção do novo parque como um momento “emocionante” para a companhia e disse que a Disneylândia em Abu Dhabi será “autenticamente Disney e distintamente emiradense”.
Ilha de Yas, em Abu Dhabi, onde será construído o parque da Disney
Getty Images
O primeiro parque temático da Disney foi aberto em Anaheim, na Califórnia, em 1955. Depois disso, foi aberto o parque em Orlando, na Flórida, em 1971.
A expansão internacional começou em 1983, com um parque em Tóquio, no Japão, e depois em Paris, na França, em 1992. Então vieram Hong Kong, em 2005, e mais recentemente Xangai, em 2016.
“Esse destino inovador representa uma nova fronteira no desenvolvimento de parques temáticos”, afirmou Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences.
‘Mais avançado e interativo de todos’
O novo resort da Disney oferecerá entretenimento da companhia, acomodações temáticas, “experiências gastronômicas e de compras únicas”.
A ideia é unir o legado da Disney e essência futurista de Abu Dhabi.
Segundo Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, o parque nos Emirados Árabes “será o mais avançado e interativo de todo o portfólio”.
“A localização do parque é incrivelmente única, o que nos permitirá contar nossas histórias de forma totalmente nova. Será uma celebração do que é possível quando a criatividade e o progresso se unem.”
Já o CEO da Miral, Mohamed Abdalla Al Zaabi, afirmou que trazer o parque temático da Disney para a região marca “mais uma conquista na nossa jornada de tornar a ilha um destino global de entretenimento e lazer de excelência”.
Ele acrescentou que o empreendimento vai “impulsionar o crescimento econômico sustentável de Abu Dhabi e região”.
SeaWorld já opera na ilha que receberá primeiro resort da Disney no Oriente Médio
Getty Images
‘Disney está se sentindo confiante’
Também nesta quarta-feira (07/05), a Disney anunciou que teve resultados melhores do que o esperado nos primeiros três meses de 2025, com uma alta de 7% no lucro, que chegou a $23,6 bilhões (cerca de R$ 135 bilhões na cotação atual).
O serviço de streaming Disney+ ganhou 1,4 milhões assinantes, contrariando a expectativa da própria empresa, que previa um leve declínio de assinaturas devido ao aumento do preço.
O público também aumentou nos parques dos Estados Unidos, com visitantes gastando mais, e houve um crescimento nas reservas de cruzeiros após o lançamento do novo navio ‘Disney Treasure’.
“Apesar das dúvidas quanto à incerteza macroeconômica ou à concorrência, eu estou animado com a força e na resiliência do nosso negócio”, disse Iger.
Dannie Hewson, chefe de análises financeiras da AJ Bell, disse que em uma época em que muitos negócios nos EUA estão “preocupados com o potencial impacto das tarifas nos gastos dos consumidores, a Disney está se sentindo confiante”.
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Vaticano é um país: Estado tem guarda de mais de 500 anos e nenhum pet; veja curiosidades
Vaticano tem a menor população do planeta e 30% dos cidadãos vaticanos residem em outros países. Vaticano
Foto de Kelly
Além de ser a casa dos papas e sede da Igreja Católica, o Vaticano conta com diversas curiosidades históricas, geográficas e culturais. Confira algumas a seguir.
É o menor país do mundo – em extensão e população
O Vaticano é o menor Estado independente do planeta, tanto em extensão territorial quanto em número de habitantes, segundo dados da própria cidade-Estado.
Com apenas 44 hectares, mais de 400 mil metros quadrados, o território abriga 673 cidadãos com nacionalidade vaticana, dos quais 458 vivem dentro dos muros que delimitam parcialmente a área.
Um dado curioso é que cerca de 30% dos cidadãos vaticanos residem em outros países, em geral, por ocuparem cargos diplomáticos vinculados à Santa Sé, órgão central da Igreja Católica.
Ao todo, incluindo não cidadãos, o Vaticano tem 882 moradores.
Outra informação curiosa sobre a cidade-estado é que por lá não há animais de estimação.
É independente há menos de 100 anos
Menina ergue uma bandeira do Vaticano
Gabriel Bouys/AFP
O Vaticano se tornou oficialmente uma cidade-estado independente em 11 de fevereiro de 1929, com a assinatura do Tratado de Latrão. Firmado entre a Santa Sé e o governo italiano, o acordo reconheceu a plena soberania do Vaticano no direito internacional.
O objetivo era assegurar à Igreja Católica “independência absoluta e visível”, e garantir sua “soberania indiscutível também no cenário internacional”, conforme o site da cidade-estado.
Desde então, o Vaticano possui uma bandeira nacional. A bandeira é um estandarte bicolor em amarelo e branco, com as chaves cruzadas de São Pedro e a Tiara papal ao centro (veja na foto acima).
Próximo a um cemitério
A história do Vaticano remonta à Roma Antiga, quando a palavra “Vaticano” se referia a uma área pantanosa na margem direita do Rio Tibre, em Roma.
Na época, a área fora da cidade começou a ser urbanizada com vilas, incluindo os jardins de Agripina, mãe de Calígula, e um grande cemitério ao longo das principais vias, conhecido como necrópole.
Ao longo de uma estrada secundária, está o local de sepultamento de São Pedro, onde o imperador Constantino construiu uma grande basílica entre 324 e 326, substituída pela atual, erguida nos séculos XVI e XVII.
Basílica de São Pedro, Vaticano
Foto de C1 Superstar
A proximidade do túmulo de Pedro tornou o local como um dos mais importantes centros de peregrinação cristã ao longo de dois milênios.
Tem uma guarda de mais de 500 anos
A segurança do Papa e a proteção das entradas do Vaticano são responsabilidades da Pontifícia Guarda Suíça há mais de meio século.
Ela foi criada em 1506 pelo papa Júlio II, que contratou mercenários suíços, reconhecidos na época por suas habilidades.
A corporação também é conhecida por seu visual marcante. Os uniformes cerimoniais, com listras verticais vermelhas, azuis e amarelas (veja na foto abaixo), foram desenhados no início do século 20 por Jules Repond, então comandante da guarda.
Repond se inspirou nas obras do pintor renascentista Rafael Sanzio para criar o traje, cujas cores remetem à Casa de Médici — influente família italiana à qual pertenceu o papa Clemente VII.
Guarda Suíça Pontifícia
Foto de Daria Agafonova
Atualmente, 120 membros da Guarda residem dentro dos muros do menor Estado do mundo.
Saiba mais sobre a Guarda Suíça, que escolta papas há mais de 500 anos
Reconhecido como Patrimônio da Humanidade
Fila de fiéis para prestar homenagem ao papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano
Reuters/Guglielmo Mangiapane
Declarado Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1984, o Vaticano é reconhecido por sua importância histórica, artística e espiritual.
Considerado uma criação exemplar das artes renascentista e barroca, o pequeno Estado abriga uma das maiores concentrações de obras-primas do mundo.
Entre seus tesouros estão a Biblioteca Apostólica Vaticana — a primeira da Europa aberta ao público — com manuscritos, livros raros, moedas e gravuras; os Museus Vaticanos, que guardam coleções inestimáveis, como a Capela Sistina, com os célebres afrescos de Michelangelo; e a imponente Basílica de São Pedro, o maior templo religioso do planeta.
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O presidente dos EUA anunciou que está ordenando a reabertura e ampliação de Alcatraz, — outrora conhecida como uma das prisões mais severas dos EUA — serviria, segundo ele, como um ‘símbolo da lei, da ordem e da justiça’. Prisão de Alcatraz
Getty Images via BBC
Donald Trump anunciou que está ordenando a reabertura e ampliação de Alcatraz, a famosa e antiga prisão localizada em uma ilha próxima à Ponte Golden Gate, em San Francisco.
Em uma mensagem publicada no domingo em sua rede social, a Truth Social, o ex-presidente dos Estados Unidos afirmou que “o país tem sido assolado por criminosos violentos, reincidentes e impiedosos”.
A reabertura de Alcatraz — outrora conhecida como uma das prisões mais severas dos EUA — serviria, segundo ele, como um “símbolo da lei, da ordem e da justiça”.
Líderes do Partido Democrata disseram que a proposta “não é séria”. A prisão de segurança máxima, também conhecida como “The Rock” (“A Rocha”), foi fechada em 1963 e atualmente funciona como um ponto turístico de sucesso.
“Hoje, estou instruindo o Departamento Federal de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e o Departamento de Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída”, escreveu Trump.
Segundo ele, a prisão abrigaria “os criminosos mais impiedosos e violentos da América”.
O presidente Trump tem enfrentado disputas com a Justiça devido à sua política de enviar supostos membros de gangues para uma prisão em El Salvador.
Em março, ele enviou mais de 200 venezuelanos acusados de envolvimento com gangues para lá. Trump também já falou sobre a possibilidade de mandar “criminosos nacionais” para prisões estrangeiras.
Alcatraz foi inicialmente um forte de defesa naval, tendo sido reformado no início do século 20 para funcionar como prisão militar. O Departamento de Justiça assumiu o local na década de 1930 e passou a receber detentos do sistema prisional federal.
Segundo o site do Departamento Federal de Prisões, Alcatraz foi fechada por ser cara demais para manter: operar a unidade custava quase três vezes mais do que qualquer outra prisão federal, principalmente devido à sua localização insular.
Transformar Alcatraz novamente em uma prisão funcional exigiria uma quantia enorme de dinheiro, disse o professor Gabriel Jack Chin, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Davis, à BBC.
O sistema prisional federal atualmente opera com cerca de 25% a menos de presos em relação ao seu pico, e “há muitas camas vazias” nas prisões já existentes, afirmou Chin. “Portanto, não está claro se há necessidade de uma nova prisão.”
Alcatraz tem “uma reputação de prisão severa”, e Trump está tentando transmitir a mensagem de que sua administração será dura contra o crime, acrescentou o professor.
A ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, democrata da Califórnia cujo distrito inclui Alcatraz, classificou a proposta como “não séria”.
Já o senador estadual democrata por San Francisco, Scott Wiener, disse em uma postagem no Instagram que a ideia é “profundamente desequilibrada” e representa “um ataque ao Estado de Direito”.
Trump afirma que vai reabrir prisão de Alcatraz
A história de Alcatraz
Localizada em uma ilhota árida e rochosa no Pacífico Norte, a primeira fortificação de Alcatraz for construída por volta de 1850 e utilizada como uma prisão militar.
Mas a fama de Alcatraz se firmou nos anos em que esse rochedo em frente à baía de San Francisco, no norte da Califórnia, abrigou uma prisão federal de segurança máxima e serviu de lar forçado a alguns dos gângsteres mais temidos dos Estados Unidos.
Entre 1934 e 1963, ”A Rocha”, a alcunha que Alcatraz ganhou, foi a prisão modelo em que eram detidos criminosos considerados demasiadamente perigosos para as prisões do continente.
Alcatraz viveu a sua fuga mais célebre 50 anos atrás, em parte porque nunca mais se soube o paradeiro dos três detentos que escaparam. E também porque, depois disso, o governo americano ordenou o fechamento da penitenciária. Mas a lenda construída em torno do local seguiu se alimentando de relatos orais e de filmes de Hollywood.
Autoridades locais avaliaram que o presídio fornecia segurança suficiente para frustrar qualquer tentativa de fuga. O argumento deles é de que seria impossível sobreviver na costa por causa das fortes correntes ou das baixas temperaturas das águas.
Em 1912, ali foi erguido o, à época, maior edifício de concreto armado em todo o mundo. Mas foi o ano de 1933 que selou a fama de Alcatraz como uma prisão diferente.
Ela se converteu na ”prisão das prisões”, como a chamou a agência americana de prisões. Na prática, isso significava que o local passaria a receber a população carcerária considerada demasiadamente indisciplinada para outros centros de detenção nos Estados Unidos.
Ela também serviu como modelo para o sistema de prisão chamado de 1 x 3, com um guarda designado para cada três detentos. Esse padrão logo passaria ser empregado em outras prisões federais.
O primeiro guarda da prisão foi James Johnston, que considerava a penitenciária como um espaço de disciplina extrema, mais que um espaço de reabilitação e reinserção social dos detidos.
Sob a autoridade de Johnston, cada detido ganhou uma cela individual. A medida não se tratou de um luxo. O confinamento solitário era uma forma de evitar complôs e tentativas de fuga.
A mais severa regra em vigor, segundo relataram detentos, era ter de manter silêncio extremo. Os presidiários só podiam conversar durante os recreios dos finais de semana. E os que demonstravam uma conduta considerada inapropriada eram enviados ao chamado ”buraco”, um espaço subterrâneo em que os punidos chegavam a ficar confinados por semanas inteiras.
Detentos famosos
De acordo com agência americana de prisões, a população carcerária de Alcatraz se manteve sempre abaixo da capacidade máxima do recinto. Em média, ela abrigou entre 260 e 275 prisioneiros, representando apenas 1% do total de presos em cárceres federais. Mas foram os personagens atrás das grades que ajudaram a consolidar a lenda de Alcatraz, sobretudo figuras de destaque do crime organizado na época da Grande Depressão no país.
O mais famoso foi sem dúvida o mafioso Al Capone, líder de uma organização contrabandista com base em Chicago. Ele foi enviado ao presídio porque, segundo as autoridades americanas, sua reclusão anterior, em Atlanta, não o havia impedido de continuar comandando a máfia.
O mafioso ficou em Alcatraz por pouco mais de quatro anos, até ser diagnosticado com sífilis e transferido para outra prisão.
Outro detento que ficou conhecido é Alvin Karpowicz, apelidado como “Creepy Karpis”, que liderou o ranking dos “mais procurados” do FBI nos anos 1930 e tornou-se o preso com a mais longa estadia na ilha: 25 anos e um mês.
Também passaram pelo local o gângster George “Machine Gun” Kelly Barnes e Rafael Cancel Miranda, membro do Partido Nacionalista de Puerto Rico e responsável por um ataque armado contra o Congresso americano nos anos 1950.
Fugas frustradas
Nem os mais sofisticados mecanismos de segurança da época foram suficientes para impedir que alguns detentos tentassem fugir. A administração do presídio contabilizou 14 tentativas de fuga envolvendo 36 pessoas durante mais de 30 anos. Destes, 23 foram recapturados, seis morreram baleados durante a fuga e outros dois afogados.
Cinco deles, no entanto, jamais foram reencontrados e passaram a integrar uma lista de “desaparecidos”.
A primeira tentativa de fuga ocorreu ainda em 1936, só dois anos após a inauguração da penitenciária. Jow Bowers escalou o muro de segurança mas acabou sendo baleado. Em 1945, John Giles chegou a sequestrar um barco militar e chegar ao continente, mas foi detido novamente.
Os últimos a tentarem fugir foram Frank Morris, Clarence Anglin e Jogn Anglin, em 1962, e John Scott e Darl Parker, no mesmo ano. A prisão foi desativada pouco depois.
A Alcatraz de Hollywood
O filme A Rocha, de 1996, trouxe Nicholas Cage e Sean Connery como astros principais e mais uma vez destacou a prisão cuja fama e imagem foram tradicionalmente alimentadas por Hollywood ao longo do século 20.
Historiadores e documentaristas, no entanto, dizem que o retrato hollywoodiano da ilha nem sempre foi fiel à realidade.
“Alcatraz não foi a ‘prisão maldita’ dos Estados Unidos, como muitos filmes e livros a caracterizaram. Na verdade muitos presidiários consideravam que as condições de vida, como as celas individuais, eram superiores às de outras prisões federais no país”, diz um porta-voz da agência americana de penitenciárias.
Outro filme famoso sobre a ilha é Fuga de Alcatraz, de 1979, protagonizado por Clint Eastwood e tendo como foco a última tentativa de escape do local, de Frank Morris e os irmãos Anglin.
Neste ano foi lançada também uma série de TV de nome Alcatraz, mas logo após sua primeira temporada acabou sendo cancelada.
Fora de funcionamento
Além das tentativas de fuga, outro fator contribuiu para o fechamento do presídio de segurança máxima: seus altos custos de manutenção.
Em 1963 o Departamento de Justiça americano avaliou que era necessário um investimento de US$ 5 milhões (um valor que hoje corresponderia a cerca de R$ 25,5 mihões) para reparar as estruturas danificadas pelo salitre.
Após seu fechamento oficial como presídio, no entanto, o local foi tomado por indígenas da organização “Aborígenes de todas as tribos”. O objetivo era criar uma escola e um centro cultural na ilha que, segundo eles, tinha sido entregue pelo governo a chefes tribais no século 19.
O projeto encontrou muitas dificuldades e não teve continuidade.
Atualmente a ilha de Alcatraz é um dos pontos mais visitados de São Francisco, com cerca de 1,3 milhão de turistas por ano, e serve também de ponto de partida para uma competição anual de triatlo, “Fuga de Alcatraz”, em que centenas de atletas provam que, com treinamento e equipamento apropriados, é possível sair da ilha e chegar são e salvo à terra firme.
*Com informações de reportagens de Gabriela Pomeroy, da BBC News, e Valeria Perasso, da BBC Mundo
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O que aconteceria se todos os moradores de um local se reunissem para pintar suas casas de cores chamativas, Pois estes lugares existem – e a BBC selecionou alguns deles. BBC – A rua Aldama em San Miguel de Allende, na região central do México, foi indicada pela revista Architectural Digest como uma das mais belas do mundo
BBC – Getty Images
Como fazer esta seleção?
De bairros a povoados ou grandes cidades, existem tantos lugares pintados com belas cores espalhados pelo mundo que é um prazer mostrar alguns deles. Mas excluir outros traz um certo mal-estar.
Um destes locais irresistíveis está no alto desta reportagem: San Miguel de Allende, na região central do México.
Seu nome sintetiza sua história. A cidade foi o primeiro assentamento da Coroa espanhola no que hoje é o Estado mexicano de Guanajuato. Ela recebeu o nome do seu fundador, o monge franciscano Juan de San Miguel.
O nome Allende foi acrescentado em 1826, em homenagem a Ignacio Allende (1769-1811), herói da revolução contra a Espanha, nascido na cidade.
Suas igrejas e inúmeras construções coloniais transformaram San Miguel de Allende em monumento histórico nacional do México. E, em 2008, a Unesco declarou a cidade como Patrimônio da Humanidade.
A revista Condé Nast Traveler já declarou San Miguel de Allende como a “Melhor Cidade Pequena do Mundo”, em diversas ocasiões.
Mas, para nós, a questão são suas cores. No centro histórico, é quase impossível olhar para algum lado sem encontrar uma paleta vibrante e maravilhosa.
Fachadas pintadas predominantemente em tons quentes e terrosos, como vermelho, rosa, amarelo, laranja e terracota, adornam suas ruas e praças pavimentadas com pedras.
BBC – Detalhe de San Miguel de Allende, no México
BBC – Getty Images
Aqui estão outros locais espalhados pelo mundo, conhecidos pelas cores vibrantes das suas construções.
Guatapé, Colômbia
BBC – Os moradores de Guatapé coloriram a cidade e desenham sua história nas paredes
BBC – Getty Images
Com suas ruas serpenteantes e suas casas pintadas em tons alegres e padrões caleidoscópios, Guatapé é um lugar encantador. Tanto é verdade que a cidade foi um dos locais da Colômbia que inspiraram os desenhistas da Disney para criar a estética da animação Encanto (2021).
Situada nos Andes Ocidentais colombianos, seu nome significa “pedra elevada”, em quéchua. Trata-se de uma referência à Pedra do Peñol, um monólito de 220 metros que se eleva nas proximidades.
Desde o início do século 20, seus moradores decidiram não só deixar a cidade repleta de cores, mas também contar a sua história, representar sua cultura e mostrar sua natureza.
Por isso, a base das fachadas das casas foi preenchida com ilustrações de animais, flores, frutas, paisagens e cenas cotidianas.
BBC – Pinturas e artefatos coloridos ao longo de uma escada em Guatapé, na Colômbia
BBC – Getty Images
Valparaíso, Chile
BBC – Em Valparaíso, as cores tomaram conta da cidade
BBC – Getty Images
Conhecida como a Joia do Pacífico, Valparaíso, no litoral do Chile, é uma cidade portuária que se desvanece no intenso mar azul.
Seu centro histórico, com ruas pavimentadas com pedras e casas pintadas de cores vivas, foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2003. Mas as cores adornam toda a cidade, incluindo seus 45 morros.
Para percorrê-la, é preciso subir e descer as encostas, muitas vezes cobertas pela imaginação caprichosa de inúmeros artistas de rua.
Mais do que um lugar repleto de grafites, costuma-se dizer que Valparaíso é uma ampla galeria ao livre, com obras de arte que refletem a cultura chilena em um arco-íris de inúmeras cores.
A arte conquistou aos poucos a cidade e seus habitantes. No início, os moradores apagavam as obras das paredes e os artistas voltavam a pintar.
Mas, com o passar do tempo, as criações começaram a ser valorizadas. Os donos das telas de concreto começaram a oferecer suas paredes e até pagar aos artistas mais destacados pela decoração.
BBC – Escadas usadas como telas pelos artistas em Valparaíso, no Chile
BBC – Getty Images
La Boca, Buenos Aires, Argentina
BBC – Escadas usadas como telas pelos artistas em Valparaíso, no Chile
BBC – Getty Images
A história da Boca começou a ser escrita com a fundação da capital argentina, Buenos Aires, em 1536.
A região recebeu este nome porque fica no local onde o rio Riachuelo desemboca no rio da Prata, formando um porto natural.
Mas o capítulo das cores chegou no final do século 19, quando inúmeros imigrantes, em sua maioria de Gênova, na Itália, ali desembarcaram ao chegarem à Argentina.
Muitos deles se assentaram na região, construindo suas casas com a madeira e as chapas metálicas que tinham à mão. As moradias abrigavam muitas famílias e começaram a ser chamadas de conventillos (o equivalente a “cortiços”, em espanhol).
Conta-se que a explosão de cores que caracteriza este famoso bairro da capital argentina não foi intencional.
Sem muito dinheiro para decorar suas casas, os recém-chegados aproveitavam qualquer resto de tinta dos navios que chegavam ao porto.
Suas cores variadas e chamativas deram ao lugar uma marca muito particular que caiu no gosto das pessoas. Por isso, a ideia se mantém até hoje.
Kinsale, Irlanda
BBC – Kinsale, na Irlanda, parece uma cidade cenográfica
BBC – Getty Images
No condado de Cork, no sul da Irlanda, existe um lugar com um toque de fantasia.
Kinsale é uma pequena cidade litorânea com menos de 6 mil habitantes. Ela inclui ruínas históricas e excelentes restaurantes.
Mas o que mais chama a atenção no local, competindo com o azul do mar e o verde exuberante dos campos à sua volta, é sua rede de estreitas ruas medievais, rodeada de casas e lojas pintadas com as cores mais brilhantes.
Cestas e vasos de flores completam o lugar, que parece o cenário de um alegre conto de fadas.
BBC – As cores vibrantes das casas formam um belo contraste com o céu nublado de Kinsale.
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Ilha de Burano, Itália
BBC – Burano é famosa pelos seus bordados e pelas cores das suas casas
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Burano é composta por quatro ilhas menores, separadas por três canais e unidas por diversas pontes. Ela fica na lagoa de Veneza, na Itália.
Em comparação com a atmosfera melancólica da vizinha cidade de Veneza, Burano é um carnaval permanente. Suas casas resplandecem com suas cores intensas.
Seguindo um costume de décadas, seus moradores renovam a pintura a cada dois anos, para manter seus tons vibrantes.
Cada residência precisa ter uma cor diferente das vizinhas. Se alguém quiser pintar sua casa do mesmo tom ou mudar de cor, deve obter primeiramente a aprovação da prefeitura local.
E, a mais de 700 km dali, fica outro lugar na mesma sintonia.
BBC – Casas tradicionais espetaculares enfeitam as margens do rio Lauch na Pequena Veneza, na França
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Conhecida como Petite Venise (a Pequena Veneza da França), o canal do rio Lauch na cidade de Colmar é um tesouro medieval da região francesa da Alsácia, perto da fronteira com a Alemanha.
As intrincadas estruturas de madeira típicas da arquitetura da região se destacam pelas suas cores… muitas cores!
As casas e as pontes também são adornadas com flores e plantas de cores vibrantes.
Bo-Kaap, Cidade do Cabo, África do Sul
BBC – A região de Bo-Kaap já foi conhecida como o bairro malaio da Cidade do Cabo
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Bo-Kaap é um dos bairros residenciais mais antigos da Cidade do Cabo, na África do Sul. Ele data de meados do século 18, quando as tribos aborígenes da cidade resistiram à escravidão holandesa.
Os colonos se viram obrigados a trazer pessoas escravizadas da Malásia e da Indonésia. Elas eram alojadas em casas alugadas em Bo-Kaap, fazendo com que o local ficasse conhecido como Bairro Malaio.
Originalmente, todas as fachadas das moradias eram brancas. Mas, depois da abolição da escravatura no país, em 1834, os antigos escravizados passaram a ser proprietários.
Eles pintaram as casas com tintas coloridas, em tons pastéis e brilhantes, para expressar sua libertação e independência.
BBC – As cores da libertação
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Kampung Pelangi, Indonésia
BBC – Uma camada de tinta embeleza uma região marginalizada
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Kampung Pelangi, na Indonésia, também é conhecida como Aldeia Arco-Íris. Ela fica ao sul da cidade de Semarang, no centro da ilha de Java.
Antes, a aldeia se chamava Gunung Brintik. Era um bairro marginalizado e desorganizado, com cerca de 325 casas com descuidadas paredes vermelhas, onde cresciam plantas silvestres.
Mas, em 2017, o local mudou de nome e de aparência.
Isso foi possível graças a um projeto criado após o término do plano de melhoria de um mercado de flores em frente à aldeia.
As autoridades esperavam que o local se transformasse em um novo destino turístico. Mas elas perceberam que a aldeia não estava à altura do mercado.
Por isso, o governo indonésio sugeriu aos moradores pintar suas ruas e casas precárias com tintas coloridas.
Com isso, aquele povoado anônimo passou a marcar presença nas redes sociais da Indonésia e de outros países.
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